O MESSIAS JÁ VEIO OU VIRÁ?

 

A nossa vida é feita de aprendizados, e devemos sempre estar atentos e prontos para novos conhecimentos nas escritas, semelhante a uma criança, afinal nunca podemos afirmar que já sabemos tudo.

Esse é momento de novos conhecimentos acerca do mashiach (messias), que por certo te abrirá novas janelas para outros estudos, neste grande ciclo de conhecimento, e cito as palavras de Hilel, que dizia: “Se eu não for por mim, quem será por mim? E se eu não tomar conta de mim, quem sou eu? E se não for agora, quando será” Pirquê avot 1.14.

Nesse tema os líderes religiosos se esquecem de mostrar aos seus adeptos que a tradução da Bíblia sofreu influência das diversas culturas existente e que precisa ser refeito os estudos, e analisar profundamente, pois tratamos nesta questão de servir ao Eterno Deus de Israel, e não somente a uma religião.

Não posso deixar de dizer que este assunto deve ser estudado com afinco, e sei que é algo novo para muitos. Tenha paciência de pesquisar até o fim.

Em toda a minha vida procurei ser estudioso e praticante das doutrinas bíblicas. As minhas primeiras dúvidas começaram, quanto aos ensinamentos tradicionais foram notadas logo, ainda participante no curso de “Graduado em Teologia” no IBAD em Pindamonhangaba – SP no ano de 1976-77.

As dificuldades existem, para que se possa estudar soluções e harmonizar os textos e os pensamentos de modo que seja definida como doutrina.

Esse é o momento de aprender a desaprender, e abandonar as formas errôneas em que se pensou estar servindo ao Eterno Deus de Israel. Não vamos aqui estudar usando enigmas e sim usando o raciocínio. Não vamos falar de revelações sobrenaturais, porque seria incoerente rejeitar a Torá, que é a revelação maior, para basear-se em pensamento próprio.

Vamos aqui tratar do que está escrito nos originais e conferir ensinamentos, para ver se eles se coadunam com a palavra revelada do Eterno. Em um total de 24 anos, procurei sem acomodações, a verdade sem adaptações. Muitas vezes, somos mal compreendidos por parte daqueles que desconhecem o assunto aqui abordado. Mas, como iremos nos firmar na grande areia movediça que são os dogmas religiosos?

Por que rejeitar a Torá eterna e apegar em palavras de pessoas que se levantaram contra ela de forma direta ou indireta?

Tenho visto pessoas que descobriram erros e contradições e fizeram acertos e enquanto outros se acomodaram por timidez a seus líderes e familiares, desprezando a própria consciência que busca a verdade. Acertos são necessários, não seremos nós mesmos se não tivermos a capacidade de decisão. A verdadeira identidade será demonstrada pela forma de servir ao Eterno, sem a influência de pensamentos de terceiros.

A sede pelo poder e liderança, tem sido o grande entrave dentro do sistema religioso. Funções religiosas são postos nas mãos de pessoas leigas, como forma de aprisioná-las, forçando-as a viver e ensinar sem que ao menos tenha definição do que é certo ou errado, sem capacidade de questionar. Nos dias do profeta Jonas (Yonah) os moradores da cidade de Nínive não sabiam diferenciar entre a mão direita da esquerda. Isto é: não sabiam definir entre o que é certo ou errado. Talvez até pensassem que estavam certos, até o momento que ouviram atentamente as palavras do profeta e reconheceram o seu erro.

O estudo aqui expresso tem por finalidade ser objetivo e direto, pode até dar uma ideia de agressividade, mas esta não é a finalidade. Se não conseguir ser útil aos leitores, que também não seja um instrumento de discórdia.

A ORIGEM DO NASCIMENTO DE JESUS (YESHUA), SEGUNDO O NOVO TESTAMENTO.

É do conhecimento, quase que geral, que a crença predominante no cristianismo é de que Jesus teve um nascimento miraculoso, que nasceu de uma virgem chamada Maria.

De acordo com descoberta arqueológica na biblioteca do convento de Santa Catarina ([i]1), foram encontrados os manuscritos do evangelho de Mateus, conhecido como Sírio Sinaítico. As maiores autoridades em arqueologia atestam ser um texto original que deve pertencer ao segundo século (Bíblia de Jerusalém – Ed. Vozes. Comentário do 1° capítulo do Ev de Mateus). Com essa descoberta, é possível entender que José marido de Maria é o pai biológico de Yeshua. Esta descoberta desmonta a crença cardeal do cristianismo sobre o nascimento virginal. Traz luz a muitos e dá a entender que o texto de Isaias 7.14, não tratava de virgem, mas uma jovem mulher. A final, a promessa é que o descendente é filho de mulher (Gênesis 3.15).

O evangelho de Mateus em Siríaco nos chama a atenção ao fato de que o nascimento virginal não existiu, pois foi, José marido de Maria quem gerou Jesus, não o espírito santo.

Contudo, ser descendente do rei David não é suficiente para ser o mashiach, pois há necessidade de cumprir o que está escrito nas profecias. Sabemos que David é descendente da tribo de Judá, e que um descendente seu se levantará com a missão de restabelecer o reino a Israel. Contudo, isso não aconteceu até hoje!

A profecia de um rei ungido (mashiach em hebraico) teve início em Jacó ao determinar uma benção sobre Judá: Judá é um leão novo. Você vem subindo, filho meu, depois de matar a presa. Como um leão, ele se assenta; e deita-se como uma leoa; quem tem coragem de acordá-lo?
O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão”. Gênesis 49:9,10
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/gn/49

A descoberta arqueológica no ano de 1947, nas grutas de Qumram, localizada as margens do Mar Morto, diversos manuscritos foram deixados por judeus. Estes pergaminhos foram conservados dentro de talhas de cerâmica até esta data. Conferindo as descobertas com o atual texto viu-se que há diferença no capítulo 7.14 de Isaias.

O manuscrito encontrado diz da seguinte forma: “... eis que a moça grávida dará à luz a um filho...”. Temos diversas traduções que estão corrigidas e voltando a sua forma original, conforme está escrito no original hebraico.

O conceito do “nascimento virginal” é para o que está acostumado a ler a Bíblia baseada na “versão dos setenta”, que para os judeus é considerada o segundo bezerro de ouro, a grande causa da idolatria para o mundo. Deixaram o Criador para adorar a criatura.

De acordo com a história dos avatares, Yeshua não foi o primeiro a ser mencionado como nascido de uma virgem. Por certo há pessoas que não sabem disso ou não estão preocupadas de verdade com o modo de crer. Veremos a seguir alguns casos relatados na mitologia, de pessoas que supostamente nasceram de forma miraculosa.

  • Na Pérsia, Zoroastro foi o primeiro dos redentores do mundo, segundo eles, a ser aceito como nascido de uma virgem.
  • No Egito, bem antes do surgimento do cristianismo, o povo já tivera vários deuses, segundo eles, nascido de virgens por concepção divina. Segundo os Egípcios, Horus filho de Isis e Rá nascera de virgem.
  • A Índia teve um grande avatar, encarnação por concepção divina, tendo dois deles levado o nome de Chrisshina o salvador de cuja mãe Devaki. Segundo conta a fábula, que por sua pureza, fora escolhido para tornar-se à mãe de deus.
  • Buda foi considerado por todos os seus seguidores como gerado por deus e nascido de uma virgem chamada Maia. O poder divino chamado Shing Shin, desceu sobre a virgem Maia e concebeu a Buda.
  • Os Siameses tinham igualmente um deus e salvador nascido de uma virgem e que eles chamam de Codom. A jovem foi avisada de que se tornaria mãe de um grande mensageiro de deus, concebeu através de raios de sol de natureza divina.
  • Quando os primeiros missionários Jesuítas visitaram a China, ficaram surpresos por encontrarem na religião pagã daquela terra a história de um mestre redentor que nascera de uma virgem em 3.468 anos antes de Yeshua. Lao-Tse, o famoso deus.
  • Chinês, também nascera de uma virgem de pele negra, sendo descrita como bela e maravilhosa como o jaspe.

Como mostrado acima, Yeshua não foi o primeiro desta lista de seres mitológicos a nascer de virgem.

Leia de forma cuidadosa o texto de Isaias 7:14, e ler também o texto anterior e o posterior, versos 1 ao 16 e verás que esta profecia se cumpriu aproximadamente 700 anos antes de Yeshua nascer. Esta profecia foi um sinal para o rei Acaz, aconteceu em sua época, observe que este sinal foi dado exclusivamente a ele (Isaias7:10-11).

O Emanuel aqui nesse texto, não é outra pessoa senão o seu filho de Acaz, o rei Ezequias, o restaurador de Israel, para isso basta confirmar com a leitura dos textos a seguir: II Crônicas 29-31. Esse foi o Emanuel (conosco está Deus), que reinou em lugar de Acaz e aboliu a idolatria e purificou o templo sagrado de Jerusalém, como resultado o povo voltou-se ao Verdadeiro Deus, através da obediência a torá. Todo o festival religioso foi restabelecido e como consequência a glória do Eterno (shechiná) se manifestou em Israel (II Crônicas 28:27; 31:1). Desta forma o povo pode dizer “conosco está Deus - emanuel”.

A Shechiná é a glória do Eterno manifestada em meio ao seu povo, praticante da justiça e preocupado em cumprir o que determina a Torá (Lei).

A GENEALOGIA DE JESUS

O objetivo da genealogia é registrar a origem de família em ordem ascendente ou descendente, como é o caso do evangelho de Lucas e de Mateus. Fica sem lógica, sem sentido o escritor escrever uma genealogia se ele soubesse que o pai de Jesus é o “Espírito Santo” e não José, automaticamente não faz sentido ou ser necessário escrever.

Há os que alegam que Yeshua é segundo a ordem de Melquisedeque. Ora, se ele tem genealogia, é infundada tal teoria de que não tem princípio e nem fim.

A escritura sagrada nos dá a entender que dentre os descendentes de Adão, o Eterno escolheu dos filhos de Noé (Noach) a Sem (Shem), para descendência dos semitas, de que nasceu Abraão, Isaque e Jacó. Dentre os filhos de Jacó o Eterno escolheu Judá (Yehudah) do qual descende David, a quem fez uma promessa de descendente para ocupar o trono. (Salmo 89.34-37).

Os judeus na época de Jesus aguardavam o messias descendente de David (Lucas 1:32-33) e para isto seria necessário que ele fosse filho de José, já que em Maria não poderia ser contado a descendência genealógica. Se o pai de Yeshua era o Espírito Santo, logo não era descendente de David e por certo não teria direito ao trono, isto confirmado segundo a esperança de sua época em que a genealogia foi contada pelo lado paterno (Lucas 2:4).

O Eterno prometeu que o Mashiach será um descendente do rei David: “Fez o Eterno a David uma promessa da qual não se retratará: Um de teus descendentes farei ascender ao teu trono”. E ainda: “Não profanarei a minha aliança, não modificarei o pronunciamento de Meus lábios. (Salmo 89.34). “Jurei por minha santidade que não faltaria com Minha palavra a David. Sua semente persistirá para sempre e seu trono será para mim como o sol. Como a lua, fiel testemunha no céu, será preservada eternamente”. (Salmos 132:11; 89:35-37). Pelo motivo do mashiach ser um descendente do rei David está definindo a necessidade de estudar a genealogia e deste modo identificar se Jesus é descendente ou não.

É possível afirmar, se Jesus não era filho biológico de José, logicamente não pertence a casa de David. Se ele é filho biológico de José certamente os evangelhos estão errados em afirmar ser gerado por obra do espírito santo. Sendo filho de José deixa de ser o deus encarnado ensinado pelos evangelhos, mais uma contradição mostrada com o propósito de elucidar tamanha contradição.

Descendentes do rei David já se manifestaram como Mashiach é o que vemos na história, mas precisamos estar atentos, porque não basta ser descendente ou fazer proezas. A principal característica é o cumprimento de todas as profecias relativas à era messiânica. Se de dez profecias cumprir nove não é reconhecido como mashiach.

Tentar justificar a interpretação aplicando a profecia de modo duplo, falar que a profecia se cumpriu em Ezequias e em Jesus é forçar a interpretação. Porém, cabe notar, Ezequias não era filho de virgem, se ele tivesse nascido dessa forma, Jesus não teria nada de exclusivo em um nascimento virginal, pois outros já teriam nascido da mesma forma! “Portanto o SENHOR mesmo vos dará um sinal: eis que a moça grávida dará à luz um filho, e o chamará Imanuel” (“Deus está conosco”). Isaias 7:14. Esta profecia do se cumpriu aproximadamente 700 anos antes de Jesus (Yeshua). O texto em hebraico não fala de uma virgem e sim de uma Jovem mulher. Para os cristãos temos o exemplo do próprio evangelho, quando se refere as dez virgens ele usa o termo hebraico Betulah (virgem) e não Almah (Jovem mulher) (Mateus 24:12). Contudo, quando o evangelista se refere ao nascimento de Jesus, o texto em hebraico está escrito almah, porém erradamente traduzido para virgem (betulah). O critério de tradução é usado para dar ênfase à doutrina da virgem, forçando assim a crença em um avatar ou deus-homem. O nascimento virginal é uma adaptação que tem por propósito elevar a pessoa de Jesus a de um deus, e a história registra concílio de Nicéia foi responsável por tal declaração: “é o Senhor, o Doador da vida que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado". https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Conc%C3%ADlio_de_Constantinopla  https://pt.wikipedia.org/wiki/Credo_Niceno.

O judaísmo contemporâneo não esperava o mashiach nascido de virgem, nem tampouco interpretava Isaias 7:14 em um sentido messiânico.

Leia as declarações de teólogos católicos sobre o assunto:

“O evangelho de Lucas capítulo 1:26-38 e geralmente considerado pelos liberais de hoje como a transposição cristã de um tema predileto da mitologia pagã... o nascimento virginal é considerado então como uma adaptação para gentios cristãos de mitos helenísticos ou orientais sobre as relações de deuses com mulheres mortais, das quais teriam nascido heróis e homens celebres... (Dic. Enc. Da Bíblia A Van Den Born pág. 949 Ed. Vozes).

“Muitos comentaristas são unânimes em afirmar que o imanuel de Isaias 7:14 foi o rei Ezequias filho de Acaz (II Reis 18:2). A idéia da partogeneses ou nascimento virginal é considerada duvidosa por boa parte dos teólogos católicos. (A Van Den Born 979 – Ed. Vozes)”.

“Também existem relatos que a tradição mais antiga nada fala á respeito da concepção de Jesus pelo espírito santo. Esta doutrina teve aparecimento na Ásia menor, longe da Galiléia, no terceiro século, onde no decorrer de debate teológico Jesus foi declarado a segunda pessoa da trindade, e no quarto século quando a leriga se renovou e Maria, mulher do carpinteiro José, foi elevada à categoria de theotokos (mãe de deus) (Extraído da obra: Por que morreu Jesus? Autor: Pierre Van Paasen – Pág.17 e 18).

Pode se observar que a teologia católica mostra o que muitos cristãos “evangélicos” desconhecem sobre a crença na “virgem Maria”. Se fosse somente a comunidade judaica, daria a entender que o propósito seria torcer a crença dos seguidores de Jesus (Yeshua) acerca do nascimento virginal, aqui não é o caso.

O NOVO TESTAMENTO CRISTÃO

Algumas pessoas pensam que o chamado novo testamento é uma extensão ou um complemento da Bíblia Hebraica. Contudo, isso não é verdade, do mesmo modo que o Corão Mulçumano também não o é. O cristão está acostumado a chamar os evangelhos e as cartas apostólicas de novo testamento ou nova aliança. Porém não é nova aliança, o novo pacto que o eterno estabelecerá, será com a casa de Israel e com a casa de Judá e não com gentios (incircunciso) (Jeremias 31:30). Outro detalhe é que a torá (lei) será gravada no coração e não mais haverá necessidade de dizer: “reconhece o Eterno” (Jeremias 31:33). Claramente não estamos vivendo ainda essa época, portanto não pode chamar de “nova aliança” (novo testamento). Se já estivéssemos na época messiânica ou na nova aliança, não haveria necessidade de pessoas ensinando umas as outras.

É bom examinar e ver que na verdade os evangelhos não trazem consigo qualquer resquício de inspiração. O próprio escritor (Lucas) registra que fez um apanhado do que se diziam acerca de Jesus, escreveu e enviou a seu amigo Teófilo para que conhecesse acerca deste homem e os seus feitos. Em nenhuma parte dos evangelhos está a expressão “assim diz o Senhor” e que estava sendo inspirado para escrever dentro de uma revelação do Eterno. Sem contar que os evangelhos estão cheios de erros e contradições. Os sucessivos concílios no decorrer da história modificaram intencionalmente a estrutura do NT para que esta nova filosofia ou modo de pensar tomasse uma plenitude maior em conformidade com as religiões pagãs. Os mitos helenísticos sofreram adaptações dentro desta nova crença que acabava de surgir. Como exemplo: Kronos o pai de Zeus que perdeu o trono para seu filho, em alegoria, na mentalidade de muitos cristãos Yeshua tomou o trono do Deus de Israel. Esse tem sido o pensamento que tem prevalecido em meio à cristandade que discutem entre si, se Jesus era um homem ou deus ou se os dois ao mesmo tempo: deus-homem. Basta observar que nada existe de concreto para que possamos declarar que estamos vivendo a nova aliança ou a era do mashiach. Essa época será de prosperidade e justiça na terra. Na verdade, falar que estamos vivendo uma nova aliança (Jeremias 31:32-33) nada mais é que uma cilada aos incautos.

A maioria dos religiosos cristãos afirmam que Yeshua é o verdadeiro Deus e até afirmam que este é o nome que deveria estar escrito no TANACH (bíblia hebraica). Convém lembrar que o nome de Deus é eterno e que jamais será mudado ou colocado em homem algum. Este nome eterno é um memorial de geração em geração (ledor vador).

No evangelho está registrado uma profecia do sacerdote Zacarias, pai de João Batista, que mostra a esperança que tinham para aquele momento. Basta ler o texto atentamente e observar que a decepção foi geral em afirmar: “E nos levantou uma salvação... para nos livrar dos nossos inimigos de mão de todos os que nos aborrecem... e conceder-nos que, libertos da mão de nossos inimigos, o sirvamos sem temor” Lucas 1:69-74.

Os Judeus estavam sob o poder de Roma, a situação política e religiosa piorou quando no ano 70 EC houve a destruição do 2ºtemplo e a diáspora. Muitas pessoas morreram proveniente do cerco a Jerusalém. Onde estava o messias para livrar o povo? Onde ficou a profecia do Sacerdote Zacarias, que serviria a partir desse momento sem temor (de Roma)?

Não precisamos de muita perspicácia para observar que a profecia falhou, assim como muitas outras.

A crença baseada em milagres é incoerente e não justifica a crença. O que determina é a profecia que diz como será o reino messiânico. Se ele já iniciou ou se vai iniciar! Se o mashiach já veio ou virá, é uma questão de conhecimento às profecias e não apenas porque alguém disse. Muitas foram enganadas por espíritos que falam como santo, mas na verdade só enganam. Temos o exemplo do rei Acabe que foi enganado (I Reis 22.19-23).

A profecia que vai culminar com a vinda do mashiach, se cumprirá da seguinte forma: “aproxima-se os dias - diz o Eterno – quando escolherei, dentre os rebentos de David, um justo que governará como rei, que prosperará e saberá praticar justiça e retidão na terra. Em seus dias Judá será redimida e Israel viverá em segurança, e o nome pelo qual será chamado significará: O Eterno é retidão” Jeremias 23:5-6. Afirmar que o mashiach não veio, está no fato do não cumprimento das profecias.

Diz o relato que Jesus a foi aclamado mashiach por seus seguidores, entrou montado em um jumento, mas o principal da profecia, que é ver Israel habitar em segurança não aconteceu. Entrar montado não é algo surpreendente, muitos outros assim o fizeram. Alguns defensores da fé cristã para suprimir a contradição, dizem que Israel não habitou seguro, porque os judeus não creram em Jesus. Será isto verdade?

 

A FUNÇÃO DE MASHIACH

Existem sinais descritos pelos profetas com a finalidade que reconheçamos o messias judaico e disto não podemos abrir mão, porque nesta esperança viveram os nossos antepassados e vivem também os judeus atuais.

Segundo as profecias, o messias (ungido) não é um ser sobre humano vindo do céu. Será um homem semelhante a Moisés (Deuteronômio 18) e descendente da tribo de Judá (Números 24:17-19). Será uma pessoa que realizara a redenção espiritual, ensinando a Torá (lei), porque é através dela que o homem se aproxima do Eterno.

A redenção política e por sua vez a espiritual do povo de Israel acontecerá com a vinda do mashiach. Que será a reunião dos judeus dispersos, retornando a terra dada por herança a Abraão e sua semente (Gênesis 13:14-18). Quando entrar a era messiânica Jerusalém será restaurada a sua glória espiritual. O processo de purificação iniciará em uma era de perfeição moral de toda a humanidade e trará a coexistência harmoniosa de todos os povos, livres de guerra, medo, ódio e intolerância (Isaias 52:1; 2:11; Miquéias 5:4; I Samuel 9:16; II Samuel 3:18; Salmos 72:1-12; Zacarias 14:11). Esse homem destinado por Deus, não virá para morrer pelos pecados dos homens, para que o sangue dele salve. O sangue humano é ineficaz para salvar alguém. No templo está proibida a oferta de sacrifício de animais impuros. É somente na religião pagã que aparece a oferta do sangue humano aos deuses. No mitraísmo é que surgiu a expressão: “O sangue de mitra tem poder”. Os adeptos derramavam sobre si o sangue do animal sacrificado.

Observe que o messias, será um grande líder e sábio da Torá (lei), que ensinará o caminho do Eterno e o seu reino será de uma à outra extremidade da terra: “E ele permanecerá e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão porque agora ele será grande até os confins da terra” Miquéias 5:4.

Devemos lembrar que restaurar não é destruir. O messias cristão não cumpriu as profecias, até mesmo porque o reino dele não era desse mundo, e o messias judaico vem para restaurar a terra com a força e poder do Eterno. Ao contrário de Jesus que veio para trazer espada e dissensão entre os homens.

VIRÁ O MESSIAS DUAS VEZES?

Não há motivo para que venha duas vezes, pois quem não conseguiu implantar paz na 1ª vez não adiante tentar de novo. Temos o caso de Barcorba, da tribo de Judá, começou a levantar os alicerces do templo sagrado, mas fez aliança com povo a quem o Eterno ordenou que não se fizesse. Assim se comprovou não ser o mashiach esperado. Lembrando não há a segunda vinda para Barcorba, Shebatai e outros que foram intitulados messias.

A teoria das duas vindas do messias cristão, nada mais é do que suposição e interpretação errada por parte dos seguidores. Todavia, quando o Eterno tirou Israel do Egito com mão forte, não houve necessidade de guerra santa, e nem o povo teve necessidade de crer em Moisés (Êxodo 6:10-12), mesmo assim o Eterno o enviou até o rei do Egito. A crença deve estar fundamentada no Eterno de Israel, e Moisés provou que foi o grande libertador, retirando Israel do Egito (Mitsraim) sem soldados e sem guerra. A manifestação do poder do Eterno levou o rei do Egito a liberar o povo, e eles saíram livremente.  Se Yeshua fosse semelhante a Moisés teria libertado o povo da mão dos opressores Romanos, se fosse realmente semelhante à Moshé (Deuteronômio 18:18). Até mesmo pelo deserto houve muita dificuldade, discórdia com relação à liderança, como foi o caso da Datã, coré e Abirão, como o leitor das escrituras está acostumado a ler. E nada disto serviu como obstáculo para o povo alcançar a terra de Canaã.

Os judeus aguardam ansiosamente a vinda do mashiach, mesmo que tarde esperá-lo-emos.

Na época que Yeshua se declarou como mashiach, muitos da época creram nele e declararam que aguardavam a restauração de Israel por seu intermédio, mas infelizmente nada aconteceu. Veja o que eles mesmos disseram, segundo os evangelhos: A profetiza Ana, esperava o restabelecimento do reino de Israel (Lucas 1:38), o Sacerdote Zacarias esperava que fossem libertos das mãos dos que os oprimiam e das mãos dos inimigos (Lucas 1:70-74). O fato de muitos crerem não alterou em nada o estabelecimento do reino de Jesus, porque ele próprio dizia que o reino dele não é deste mundo.

Em que está baseada a esperança.

Leia: “E tu, Bet-Léhem (Belém) de Efratat, és muito pequena para ser contada entre os milhares de Judá, mas de ti sairá, para Mim, alguém que há de ser o condutor de Israel, cuja origem remontará ao passado distante. Entretanto, Ele os entregará (a seus inimigos) pelo tempo que leva a parturiente até dar à luz. Então o resto de teus irmãos retornará com os filhos de Israel. Ele se erguerá e liderará com a força que lhe concederá o Eterno, seu Deus; e habitarão (em paz), porque ele se terá engrandecido até os confins da terra, e isto assegurará a paz... (Mihá- Miquéias 5:1-4). Para justificar o não cumprimento dessa profecia, acrescentou esta segunda vinda, para dar a entender que então cumprirá as profecias que não cumpriu.

Enganem-se quem quiser, não ponha culpa nos judeus, porque no início alguns judeus creram nele. Somente muitos anos mais tarde é que teve início a entrada de gentios no meio da comunidade cristã. Falta de adeptos não foi!

A crença no retorno a Israel, já está profetizada, e acontecerá em massa com a formação do estado de Israel em 1948, muitos judeus estão impulsionados pelo Eterno ao retorno (teshuvá), à terra que foi dada a Abraão (Genesis 12:7). A visão do vale de ossos secos de Ezequiel 37 é uma verdade que se realizará em sua plenitude, independentemente de qualquer fator, pois a boca do Eterno o disse. “Dar-te-ei à tua descendência a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus” Genesis 12:7; 17:8. “Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros habitarão nela” Provérbios 2:21. A terra de Israel será habitada pelo povo da aliança, e a aliança foi feita com Israel “... se tudo isto que estabeleci se desfizer sem Minha ordem – diz o Eterno -, então também a semente de Israel deixará para sempre de ser uma nação sob Minha proteção...” Jeremias 31:33-36; “Desperta, desperta, reveste-te de tua fortaleza, ó Tsion (Sião)! Veste-te com as roupas de tua glória, ó Jerusalém, cidade santa! Pois não tornará a entrar em ti nem incircunciso nem impuro” Isaias 52:1. (o incircunciso).

 

A SALVAÇÃO PROMETIDA

 

Com a queda do homem no gan éden (jardim do éden), Deus prometeu restabelecê-lo e mostrou que o descendente da mulher haveria de ser responsável em encaminhar o homem à vida original adâmica. Bem sabemos que não será um homem vindo do céu ou filho de virgem, mas que será filho de uma mulher (Genesis 3:15). É importante mostrar que o texto não faz menção a uma virgem e sim, ao filho a mulher.

 

Os descendentes de Adam (Adão) tomaram rumos diversos, mas o Eterno, após longos anos, aproximadamente 2000 anos da criação do homem, escolheu um homem e fez-lhe um pacto. Esse pacto foi feito com Abraão nosso pai e não se encontra outro igual. Não é um pacto para que seja diferente, mas para que seja uma “Benção” “... em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra” Gênesis 28:14; 22:17-18. Esse pacto não foi feito por tempo provisório, como se houvesse algo maior a ser feito. O messias que há de vir também será fruto deste pacto estabelecido com Abraão. Então vejo agora a palavra do Eterno (Genesis 3:15) se cumprir cabalmente em Abraão avino (nosso pai). A benção vem terminantemente por intermédio da descendência de Abraão. Ou não será assim?

A serpente levou a humanidade da época de Abraão à idolatria, foi pisada, quando o pacto da circuncisão foi estabelecido. Ela não morreu e continua fazendo mal ao judeu ferindo o calcanhar (Gênesis 3:15), que são as perseguições que temos passado no decorrer dos milênios. Milhões de judeus têm sido mortos por não negar o pacto eterno. A inquisição é um dos exemplos na história em que a igreja foi responsável pela morte de milhões de judeus. Tudo em nome de uma fé e a falsa acusação de os judeus terem matado Yeshua. Quem matou Yeshua foi um soldado Romano, Deus nos livre se fosse um soldado Judeu! Roma nunca é acusada desse fato expresso nos evangelhos. Só Romano tinham o poder de matar alguém, porque o governo pertencia a eles. Olhando de outro prisma, os cristãos não poderiam ficar tão bravos, Yeshua tinha que morrer para salvar os seus seguidores! Se Yeshua não morresse, segundo a fé cristã, os crentes nele estariam perdidos. Digo, ao invés de revolta deveria existir agradecimento. Se alguém ajuda na salvação tem que existir gratidão e não revolta! gerações o Eterno dá prova que Israel, descende de Abraão nosso pai, e tem a função sacerdotal (Genesis 17: 19:6). A aliança feita não passará, é eterna “... e será Minha aliança em vossa carne (circuncisão), para uma aliança eterna” Gênesis 17:13-14. A aliança que o Eterno fez com Abraão avinu é suficiente para trazer salvação a todos que crerem e se achegarem à Israel, o povo da promessa (Jeremias 31:34-35).

Há um engano muito grande em chamar o Deus de Israel de “meu Deus”. Não basta imitar sem que antes se torne um israelita. Deve ser feito o protocolo formal de retorno (teshuvá), que tenha em sua carne a brit milá (circuncisão). “E estabelecerei a Minha aliança entre Mim e ti, e entre tua descendência depois de ti, em suas gerações, numa aliança eterna, para ser teu Deus, e de tua descendência depois de ti” Gênesis 17:7. Os judeus continuam nesta prática milenar até o dia de hoje sem maiores problemas. Os que se convertem passam pelo mesmo processo, semelhante a Abraão avino que com 99 anos foi circuncidado (Gênesis 17:24-27).

O arrependimento e conversão são repetidas vezes ensinados na Torá. Apesar disto, muitos se sentem sem o Salvador, por desconhecer o convite. O Deus de Israel é o único Salvador: “Somente Eu sou o Eterno, e outro salvador não existe, além de Mim” Isaias 43:11.

O Deus de Israel é invisível e nenhuma semelhança deu, exatamente para que o homem não faça imagem de escultura e atribua a ele semelhança. Nos 10 pronunciamentos (mandamentos), ficou proibido fazer imagem ou semelhança. Deus não poderia transgredir o seu dito dando a humanidade um homem para ser a sua imagem na terra. Paulo disse que Jesus é a imagem de Deus. Prefiro ficar com a Torá em sua proibição e não crer no que Paulo disse, por que com certeza o Eterno não irá jamais ensinar contra a sua torá dando ao homem uma imagem.

Para chegar-se a Deus é precioso humilhar, orar e converter-se (II Crônicas 7:14-15). O povo judeu sempre desfrutou deste privilégio, pois temos um dia especial que é o Yom kipur (dia do perdão). O judeu jamais dependeu de outro salvador, mesmo quando o primeiro templo estava destruído. Hoje o segundo templo também está destruído, mas não precisamos de outro salvador porque já temos O Salvador eterno.

 

O NOME PARA A SALVAÇÃO 

   “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Eterno (YHVH) será salvo...” Joel 2:32.

A salvação do povo de Israel está intimamente ligada ao nome do Eterno. Muitas discussões têm sido levantadas dizendo que Israel o povo da torá não conhece o nome de seu Deus. Enganem-se quem quiser, com esta leviana afirmação. Os homens fiéis sempre souberam qual nome clamar na hora da angústia.

A questão discutida hoje no movimento cristão é: Qual o nome que salva?

Com objetivo de ajudar aos leitores, procuraremos mostrar qual nome a Torá nos ensina que devemos invocar.

Nós judeus estamos proibidos de blasfemar o nome de Deus em qualquer idioma. Contudo precisamos saber que o nome de Deus está escrito no Sefer Torá (rolo da torá) com as quatro consoantes sem as vogais (  - Yod, He, Vav, He).

No movimento cristão, os líderes aplicam o nome do personagem bíblico (Josué – Yeshua ou Yehoshua) como se fosse o novo nome do Eterno. Olhe atentamente as escrituras e veja que o nome de Deus é Eterno e, se é Eterno não muda. Muitos personagens bíblicos tiveram o seu nome trocado por motivo de uma função a qual passaria a realizar, mudando o destino. Foi o caso de Oseías filho de Nun, que recebeu o nome de Yehoshua ou Yeshua. O fato de ter recebido duas consoantes do nome de Deus (YH), os leigos dizem que este nome é o nome do Deus de Israel. Mas, revendo o mandamento de Êxodo 20 proíbe falar o nome de Deus corriqueiramente, ou em vão. O nome sagrado, conhecido como tetragrama, jamais foi dado a homem algum. Em outras palavras, ficou proibido aos pais colocarem em seus filhos o nome pessoal do Eterno. Josué contém parte do nome de Deus, mas este não é o nome de Deus. Outros homens sraelitas também tiveram parte do nome de Deus, exemplos: Yermiahu (Jeremias ירמיהו), Yeshayahu (Isaias), Yoel (Joel) e outros. Nós judeus somos ordenados pelo Eterno a obedecer aos juízes e sacerdotes que nos ensinam, se alguém não ouvi-los que seja morto. Josué (Yehoshua, Yeshua), nunca foi o nome de Deus. Em nenhuma parte, este nome foi adorado, servido ou reverenciado como nome de Deus. Caso contrário o povo já estaria adorando esse nome desde a entrada em Canaã. Mas, é óbvio que os sábios sabem o que significa o nome de Josué.

O tetragrama sagrado  é exclusividade do Deus de Israel e esse nome é eterno, sendo assim nunca será trocado (Êxodo 3:15). Infelizmente na tradução atual para o português não aparece o tetragrama (YHVH). Será necessário que conheça o TANACH (Bíblia judaica) onde será encontrado.

 

A maior honra que o homem pode dar a Deus é não blasfemar o seu nome, valorizando-o não o tomando em seus lábios de maneira fútil. Lembremos do texto que nos mostra a necessidade do nome do Eterno. Os judeus sempre usufruíram desta benção. “e se o Meu povo, que é chamado pelo Meu Nome, se curvar, orar e buscar a Minha face, e retornar dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e curarei a sua terra” II Crônicas 7:14. No mundo há muitos deuses e muitos senhores, contudo para o judaísmo há um só Deus e Senhor. “Shemá Israel, Adonai (YHWH) Eloheno, Adonai Echad” “Escuta, Israel! O Eterno, é nosso Deus, o Eterno é um!” Deuteronômio 6:4.

 

O SERVO ULTRAJADO – ISAIAS 53

 

Precisaremos mostrar a forma pela qual o Eterno se refere a Israel por meio dos profetas. Israel é o servo e luz para as nações em quem o Eterno será glorificado (Isaias 49:3 e 6; 44:21). Segundo os escritos sagrados, Israel recebeu uma incumbência de ser luz e receber as nações que se convertem. Achegar-se a este povo significa entrar na aliança eterna que foi estabelecida com Abraão nosso pai (Gênesis 17:13-14). Veja que a promessa não foi feita só aos filhos biológicos, mas também aos estrangeiros e escravos.

Que aliança (pacto) é essa?

Este é pacto da circuncisão (blit milá), que é realizada ao 8º dia. No caso do convertido não há uma idade específica, pois o próprio Abraão avinu se circuncidou com 99 anos de idade (Gên. 17:24). Dentro deste pacto podemos entender o porquê de Israel ser um reino sacerdotal e uma nação santa “E vós sereis para Mim um reino de sacerdotes e um povo santo!” (Êxodo 19:6). Este é o motivo pelo qual Israel tem sido perseguido. Os povos têm medo de que o reino de Israel seja implantado e acabe com as organizações religiosas. Detalhe, Israel jamais vai implantar um reino forçado. Somente na era do mashiach é que haverá o retorno do Eterno a Tsion (a shechiná). Não se engane pensando, pois o retorno de Deus a Tsion não será em forma humana. A shechiná, a glória do Eterno será vista em toda a terra, da mesma forma como esteve no passado, quando falou com a nação de Israel no monte Sinai “Moshé disse ao povo não temais, pois Deus veio para vos experimentar e para que o Seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis” Êxodo 20 v.17 e 18. O Eterno se manifestou aos olhos de Israel, não com forma humana, o povo pediu que Deus não falasse, pois a sua voz causou medo ao povo, pediram que Moshé transmitisse a instrução (Êxodo 20.18-21).

Este povo que ouviu a voz de Deus é este servo (Israel) que tem sido ultrajado e pela sua função na terra tem restaurado a muitos através da sagrada torá (lei). Este povo tem sido o guardião da torá.

Isaias 53, um poema profético, conforme uma melhor tradução: Os teóricos da morte Jesus usam esse texto mal-entendido que é Isaias 53, no qual o profeta se refere a Israel na condição de sacerdócio e nação santa (Êxodo 19:6). No sofrimento (pisaduras) deste povo, o gentio tem recebido o privilégio de chegar-se ao Eterno, porque a lei foi dada para Israel, as nações não quiseram. Contudo, a nação que se converte, abraçando a aliança (circuncisão) e guardando o sábado (Isaias 56:6-7) terá o seu nome como um memorial eterno. Lembrando que Israel é luz para as nações (Isaias 42:1,6; 43:12) e que a Torá foi dada a Israel na condição de guardião.

“Quem teria acreditado no que nós (as nações) ouvimos, e para quem foi revelada a ação do Eterno? Porque ele (o povo de Israel) brotou como planta tenra e como raiz em terra seca. Não tinha nem forma nem beleza; era visível que não tinha boa aparência; quem o apreciaria? Foi depreciado e abandonado por todos, como uma pessoa atormentada e constantemente enferma, como alguém de quem escondemos nossa face, sendo desprezado e desconsiderado. Na verdade, eram os nossos sofrimentos que (Israel) suportava, e as dores que o oprimiam, mas nós o considerávamos um ser aflito, golpeado e ferido por Deus. Ferido estava, porém, por nossas transgressões, e oprimido por nossas iniquidades; seu penar era para nosso benefício e, através de suas chagas (seu exílio), fomos curados. Todos nós como ovelhas (sem pastor), nos desencaminhamos. Cada qual se voltou para seu próprio caminho e (somente) sobre ele (Israel) fez o Eterno recair a iniqüidade de todos nós. (Israel) foi oprimido e afligido, mas calou e não se pronunciou. Como cordeiro que é levado para a matança, e como ovelha que fica muda ante seus tosquiadores, não abriu a sua boca. Com opressão e juízo iníquo foi aprisionado; acaso alguém (das nações) argumentou para com sua geração: Ele (Israel) foi exilado da terra dos vivos pela transgressão do meu povo, e por isso recebeu este duro golpe? E seu túmulo foi feito entre os malévolos, e sua tumba feita pelos poderosos, embora não tivesse praticado a violência nem houvesse mentira em sua boca.

Contudo, aprouve ao Eterno oprimi-lo para testar se sua alma se ofereceria como restituição, para que pudesse ver prolongados os dias de sua semente, e sentir prosperar, por seu intermédio os desígnios do Eterno. Ele percebeu o propósito e aceitou o sofrimento de sua alma. Por esta compreensão, fez reconhecer o Justíssimo perante todas as nações, suportando a iniqüidade delas. Por isto, das nações separarei para ele uma porção e entre os poderosos receberá despojo, porque expôs sua alma à destruição e se deixou enumerar entre os transgressores, pois mesmo suportando os pecados de tantos, intercedeu pelos transgressores”.

Veja, na prática Israel é mencionado como desprezado, e não é diferente, pois até na atualidade é desprezado entre as nações, pelo seu modo de vida e separação no que tange a casherut (alimento próprio) e guarda dos shabatot (sábados). O Eterno trata todo o Israel como um só povo, considerando a um só servo: “Tu és meu servo Israel”, aqui há uma unidade composta. Israel ou Jacó teve 12 filhos, seus descendentes são chamados “povo de Israel”.

Jesus não cumpriu Isaias 53:

Isaias o profeta, não estava se referindo a Jesus, porque se houvesse teria cessado as enfermidades na terra como é o ponto principal apontados pelos cristãos quando dizem que ele levou todas as enfermidades. Contudo as enfermidades aí estão, e se ele houvesse levado não haveria mais enfermos. No ponto de vista da lei de Deus, a enfermidade é motivada por causa da violação dela. Na era messiânica o homem voltar-se-á para o cumprimento total da Torá e haverá cura para todos, pois é a arvore da vida.

O homem vive somente pelo cumprimento do que está escrito na lei do Eterno: “E guardareis os Meus estatutos e os Meus juízos, cumprindo os quais o homem viverá por eles – Eu sou o Eterno” (Levítico 18:5), “e dei-lhes os Meus estatutos e ensinei-lhes os Meus estatutos e ensinei-lhes os Meus juízos, os quais, se o homem os cumprir, há de viver por eles” (Ezequiel 20:11).

Sacrifício humano não é aceito por Deus (Jeremias 7:31), ele nunca pediu tal coisa e o sangue humano não é suficiente, e proibido ser usado no holocausto. O homem é considerado impuro depois de morto, o que tocar em seu cadáver fica impuro sete dias. Somente animais puros são permitidos para o holocausto. A justiça que um homem tenha praticado salvará apenas a sua alma e não a de seu semelhante. Isto está explicado na profecia de Ezequiel 18:20, mas as pessoas não se dão por avisadas e contradizem escrito tão claro como este. A ideia de um homem morrer para salvar alguém não faz parte do pensamento judaico, até porque o mashiach virá para restaurar a terra transmitindo o conhecimento da Torá e implantará o reino de paz sobre a terra. Somente nos cultos pagãos é que se encontra o costume do sacrifício humano.

 

HUMILDE E DOMINADOR

“Rejubila-te com todo teu ser, ó filha de Tsion! Clama com alegria, ó filha de Jerusalém! Eis que para ti se encaminha teu justo rei, triunfante por suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade, cavalgando um filhote de jumento. Destruirei qualquer carruagem de guerra de Efraim, e eliminarei todo cavalo de combate d Jerusalém; será destruído o arco de batalha, e ele falará somente de paz às nações. Seu domínio se estenderá de um mar a outro, e desde o rio Eufrates até os confins da terra” ZACARIAS 9:9-10

 

Temos no texto acima a explicação, de qual será a característica do mashiach, e o que deverá fazer. Isto é muito importante, porque assim poderemos identificar o verdadeiro mashiach. Não que seja tarefa fácil e no decorrer da história judaica muitos foram enganados até mesmo depois de Yeshua.

Barcobá se intitulou como mashaich e foi reconhecido como tal durante um tempo, até que por fim foi visto que ainda não era chegado o tempo.

Shebatai, também foi um dos que se intitularam mashiach, teve seguidores até depois de sua morte. Também foi outro alarme falso. O mashiach ainda não veio, “Creio com plena fé na vinda de Mashiach. Mesmo que demore, esperarei por sua vinda a cada dia”.

Erros existem para que haja acertos. Feliz é o homem que a tempo reconhece o seu erro e faz os acertos sobre o mashiach, e coloque o Eterno como o Deus Único de sua vida.

“Creio com plena fé na vinda de Mashiach. Mesmo que demore, esperarei por sua vinda a cada dia”.

Autor: Maxwell Alves Gusmão (1998)


[i]Mosteiro Ortodoxo da Transfiguração, em homenagem à transfiguração de Jesus, mais tarde chamado de Mosteiro de Santa Catarina, em honra à mártir cristã, foi construído no sopé do Monte Sinai, no Egito, por ordem do imperador bizantino Justiniano I, entre os anos 527 e 565, à volta do local. É atualmente o mosteiro cristão mais antigo ainda em uso para a sua função inicial. A sua localização numa região desértica é característica da antiga tradição do ascetismo (Wikipédia).