O QUE OS JUDEUS ACREDITAM
O que os judeus acreditam?
Esta é uma pergunta muito mais difícil do que você poderia esperar. Torah não tem nenhum dogma, nenhuma conjunto formal de crenças que te deve segurar a ser um judeu. Na Torá, as ações são muito mais importantes do que as crenças, embora haja certamente um lugar para a crença dentro de Torah.
O mais próximo que alguém já vêm para a criação de uma lista amplamente aceito de crenças judaicas é Maimonides com os treze princípios da fé judaica.
"Maimonides treze princípios de fé, que ele achava que eram os requisitos mínimos da crença judaica, são os seguintes:
1. Creio com fé completa que D-us é o Criador de todas as criaturas e as dirige. Só Ele fez, faz e fará tudo.
2. Creio com fé completa que o Criador é Único. Não há unicidade igual à d’Ele. Só ele é nosso D-us; Ele sempre existiu, existe e existirá.
3. Creio com fé completa que o Criador não é corpo. Conceitos físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele.
4. Creio com fé completa que o Criador é o primeiro e o último.
5. Creio com fé completa que é adequado orar somente ao Criador. Não se dever rezar para ninguém ou nada mais.
6. Creio com fé completa que todas as palavras dos profetas são autênticas.
7. Creio com fé completa que a profecia de Moshê Rebênu é verdadeira. Ele foi o mais importante de todos os profetas, antes e depois dele.
8. Creio com fé completa que toda a Torá que se encontra em nosso poder foi dada a Moshê Rebênu.
9. Creio com fé completa que esta Torá não será alterada e que nunca haverá outra dada pelo Criador.
10. Creio com fé completa é que o Criador conhece todos os atos e pensamentos do ser humano.
11. Creio com fé completa que o Criador recompensa aqueles que cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride.
12. Creio com fé completa na vinda de Mashiach. Mesmo que demore, esperarei por sua vinda a cada dia.
13.Creio com fé completa na Ressurreição dos Mortos que ocorrerá quando for do agrado do Criador.
Como você pode ver, estes são princípios muito básicos e gerais. No entanto, tão básico como estes princípios são, há necessidade de acreditar, cada uma delas tem sido contestada em um momento ou outro, e os movimentos liberais do judaísmo, disputam muitos esses princípios.
Ao contrário de muitas religiões, a Torá não se concentra tanto em conceitos cosmológicos abstratas. Embora os judeus têm certamente, considerado a natureza de Deus, o homem, o universo, a vida, e vida após a morte em grande extensão, não há mandamento oficial, opinião definitiva sobre estes assuntos, fora de conceitos muito gerais, tais como os treze listados acima. Há espaço substancial para opinião pessoal sobre todas estas questões, porque, como disse antes, a Torá está mais preocupado com ações do que crenças.
Torah se concentra nas relações:
• a relação entre Deus e a humanidade (tanto como indivíduos e como grupos)
• entre os seres humanos (quer judeus e não judeus, ou ambos)
• entre Deus e a nação judaica
• entre o povo judeu e a Terra de Israel
Nossas escrituras contam a história do desenvolvimento destas relações, a partir do momento da criação
• através da criação da relação entre Deus e Noé (relevante ainda hoje para gentios nas Sete Leis de Noé)
• através da criação da relação entre Deus e Abraão (relevante hoje principalmente para os judeus, mas também para os árabes que circuncidam )
• para a criação da relação especial entre Deus eo povo judeu em todo o conjunto de 613 mandamentos da Torá (obrigatórias para os judeus, mas também recomendou aos não judeus que desejam ganhar recompensas extras de Deus)
As escrituras também especificam as obrigações mútuas criadas por essas relações, apesar de vários movimentos do Judaísmo discordarem sobre a natureza dessas obrigações. Alguns dizem que são, leis imutáveis absolutas de Deus (Ortodoxia); alguns dizem que são as leis de Deus que mudam e evoluem ao longo do tempo (Conservador); alguns dizem que elas são diretrizes que você pode escolher se quer ou não seguir (Reforma, Reconstrucionista).
A posição dos Maimonides no Mishneh Torah é que, todo o núcleo da Lei é fixo para todos os tempos, não há espaço para a legislação e interpretação rabínica. Isto é um pouco como ver a lei escrita dada por Deus e a Lei Oral como um quadro constitucional para a legislação; neste caso, a constituição é fixa para todos os tempos, sem alterações, ao contrário de uma constituição feita pelo homem, mas a sua compreensão e aplicação não são inflexíveis, quando um Tribunal Supremo Rabínico (ou Sinédrio) existe. Só esta posição se encaixa plenamente as provas na antiga lei Oral na literatura, em nossa opinião.
Infelizmente, não temos um Sinédrio a cerca de 1500 anos, por isso que, como uma questão prática, a lei não é dada a mudar hoje.