SAMARIA OU JUDEIA

 

 

 

Em que se baseia a crença Samaritana e judaica acerca do local do templo?

 

“E, quando tiverem atravessado o Jordão, levantem essas pedras no monte Ebal, como hoje lhes ordeno, e pintem-nas com cal.

Construam ali um altar ao Senhor, ao seu Deus, um altar de pedras. Não utilizem ferramenta de ferro nas pedras.

Façam o altar do Senhor, do seu Deus, com pedras brutas, e sobre ele ofereçam holocaustos ao Senhor, ao seu Deus.

Ofereçam também sacrifícios de comunhão, e comam e alegrem-se na presença do Senhor, do seu Deus”. (Deuteronômio 27:4-7).

 

O monte Ebal foi escolhido, para que fizessem um altar e oferecessem holocaustos, logo que entrassem na terra. Contudo não ficou proibido edificar altar em outro lugar conforme a necessidade de Israel, como vemos no próximo texto.

 

Em que se baseia a crença Judaica?

 

"Façam-me um altar de terra e nele sacrifiquem-me os seus holocaustos e as suas ofertas de comunhão, as suas ovelhas e os seus bois. Onde quer que eu faça celebrar o meu nome, virei a vocês e os abençoarei.

Se me fizerem um altar de pedras, não o façam com pedras lavradas, porque o uso de ferramentas o profanaria. (Êxodo 20:24,25).

 

Neste texto fica em aberto que o lugar “onde se fizer um altar”, e celebrar o nome do Eterno, Ele Se faz presente e abençoa o povo. Onde estiver a shechiná do Eterno, ai será o local da benção.

Contudo podemos afirmar, que a mudança de local efetuada, é que revoltou a alguns, e  na verdade ela foi necessária.

O TABERNÁCULO era móvel, e a shechiná (presença de Deus) estava sobre ele. Foi tomado pelos Filisteus:

7 - Então o povo de Quiriate-Jearim veio buscar a arca; e levaram-na para o outeiro onde estava a casa de Abinadabe. Depois consagraram Eleazar, o filho dele, como guarda responsável pela arca. 2 Esta ficou ali durante vinte anos, e todo esse tempo Israel se lamentava porque o Senhor parecia que os tinha abandonado. (I Samuel 7:1-2).

 

A transferência da arca para o templo

 

I Reis 8 1/2 Então o rei fez uma convocação para uma grande assembléia, em Jerusalém, de todos os chefes de Israel — cabeças de tribos e de famílias — para assistirem à transferência da arca da aliança do Senhor do tabernáculo, em Sião, a cidade de David, para o templo. Esta celebração ocorreu por ocasião da festa do tabernáculo, no mês de Outubro. 4 Durante estas festividades os sacerdotes transportaram a arca para o templo, e ainda todos os recipientes sagrados que tinham estado no tabernáculo. 5 O rei Salomão e todo o povo se juntou na frente da arca, sacrificando um sem número de cordeiros e de bois.

6/9 Os sacerdotes pegaram na arca e levaram-na para o interior do templo para o lugar santíssimo, colocando-a debaixo das asas dos querubins. Estes tinham sido construídos de tal forma que as asas se abriam sobre o lugar em que a arca se encontrava; dessa forma as asas faziam sombra sobre a arca e sobre os varais para o transportar. Estes eram tão compridos que ultrapassavam os anjos e podiam ser vistos da sala anterior, embora não se vissem do pátio exterior; ali ficaram até ao dia de hoje. Nessa altura nada havia na arca além das duas tábuas da lei que Moisés pôs lá dentro, quando no Monte Horebe o Senhor fez a aliança com o povo de Israel ao sair do Egito.

10/11 Quando os sacerdotes saíram do santuário interior uma nuvem luminosa saiu do templo! Os sacerdotes não podiam cumprir o seu serviço porque a glória do Senhor enchia o santuário todo!

12/13 O rei Salomão fez o seguinte discurso: “O Senhor disse que habitaria nas trevas; Mas, ó Senhor, eu edifiquei-te uma morada aqui na terra, um lugar para viveres para sempre”.

 

O rei Davi e Shlomô jamais tomariam uma decisão sem antes seguir o que está ordenado na Torá, que diz:

Quando alguma coisa te for difícil demais em juízo, entre sangue e sangue, entre demanda e demanda, entre ferida e ferida, em questões de litígios nas tuas portas, então te levantarás, e subirás ao lugar que escolher o Senhor teu Deus;

E virás aos sacerdotes levitas, e ao juiz que houver naqueles dias, e inquirirás, e te anunciarão a sentença do juízo.

E farás conforme ao mandado da palavra que te anunciarem no lugar que escolher o Senhor; e terás cuidado de fazer conforme a tudo o que te ensinarem.

Conforme ao mandado da lei que te ensinarem, e conforme ao juízo que te disserem, farás; da palavra que te anunciarem te não desviarás, nem para a direita nem para a esquerda.

O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao Senhor teu Deus, nem ao juiz, esse homem morrerá; e tirarás o mal de Israel; (Deuteronômio 17:8-12)

 

O Sanhedrim (sinédrio)

O conselho dos anciãos, sempre foi à autoridade máxima do povo hebreu.

Não tenho dúvida que o rei David convocou o conselho dos anciãos para que decidissem sobre a mudança de local, que antes era em Shiló, e agora o Monte Tsion que passa a ser a referência, e Yerushalaim é determinada a capital eterna.

Aos que desejam reivindicarem shechem como “lugar sagrado”, é contra o que já foi decidido desde o reinado de David e Salomão (Shlomô) pelo conselho dos sábios.

A Torah diz para estes: “O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao YHWH teu Deus, nem ao juiz, esse homem morrerá; e tirarás o mal de Israel”. (Deuteronômio 17:8-12)

 

Tudo tem seu tempo e sua hora! O tabernáculo era móvel e David um homem altruísta vê que a shechiná deve estar em um lugar fixo e imóvel, foi o que aconteceu!

 

Samaritanos e Judeus devem ter primazia uns sobre o outro

 

"Estão chegando os dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá".

"Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles", diz o Senhor.

"Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias", declara o Senhor: "Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo.

Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: ‘Conheça ao Senhor’, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior", diz o Senhor. "Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados”. (Jeremias 31:31-34).

Nós cremos que um dia o Eterno permitirá o retorno das 10 tribos, e será feita uma nova aliança. 

Estamos na mesma condição de diáspora e dependente da bondade de HaShem. Até porque em Jerusalém não há templo e, muito menos em Shechem.

 

Existe um Pentateuco só do samaritano?

 

Os samaritanos, que aceitam a autoridade da Torá mas não reconhecem o valor dos livros históricos e, dos livros dos profetas.

Há um Pentateuco escrito no alfabeto samaritano, que é diferente do hebraico moderno, essa era a forma de escrita usada antes do cativeiro babilônico (cerca de 597-586 a.e.c). 

Existe uma discrepância, discordância, entre o Texto Massorético (com vogais) e a Torá Samaritana. Um exemplo é que na versão samaritana dos Dez Mandamentos, onde afirmam que Deus conclama o povo que construa o altar no Monte Gerizim, foram encontrados fragmentos do texto Massorético (em Qunram), mas não traz nenhuma referência ao Monte Gerizim. O Pentateuco ficou conhecido mundialmente, quando Pietro della Valle trouxe de Damasco em 1616 uma cópia do texto.

Como podemos ver, as descobertas arqueológicas reprovam as afirmações acerca de um suposto escrito original samaritano. 

 

Em que se baseia o reinado de David (Tribo de Judá)?

9 Judá é um leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como um leão e como um leão velho; quem o despertará?

9 גור אריה יהודה מטרף בני עלית כרע רבץ כאריה וכלביא מי יקימנו

10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.

10 לא יסור שבט מיהודה ומחקק מבין רגליו עד כי יבא שילה ולו יקהת עמים

Está é uma profecia do patriarca Yacov, que afirma que O cetro não se arredará de Judá.

O que será o “cetro” de Judá?

É insígnia da realeza; figura o poder ou a dignidade real. Os chefes de várias culturas adotaram o cetro ao longo dos séculos como sinal de autoridade, fazendo-o consistir em uma vara ou bastão mais ou menos rico e adornado que poderia conter alguma figura simbólica.

Não encontramos profecia de outra tribo ostentando o “cetro”, mas mesmo assim há uma luta intensa em se levantar contra este reinado estabelecido pela Torá.

Crer na Torá não é seguir conjecturas de uma suposta mensagem vinda do céu, de pessoas se sentindo os reformadores do mundo, que vem como que em um “apocalipse”, montado num cavalo, resolvendo todos os problemas do mundo. 

 

Maxwell